O trabalho apresentado a seguir refere se aos temas Aprendizagem e Desenvolvimento Social da Criança, Direitos Humanos e Introdução à Educação Virtual abordam o assunto de inclusão de alunos com alguma deficiência em escolas normais. Também desenhos feitos por crianças que convivam com os mesmos, e entrevistas com o pedagogo que já vivenciou o trabalho na pratica. Sua organização divide se em partes, estas estão separadas por desenhos feitos por crianças na faixa etária de 8 a 10 anos, que desenharam seus amigos " especiais", uma entrevista com uma pedagoga formada Simone Aguiar , que relata sua experiência com seu aluno Isaac. A metodologia deu se por meio de sites, links e revistas eletrônicas e de entrevistas feitas pessoalmente com crianças e professor (a).
Justificativa
A inclusão é uma inovação, cujo sentido tem sido muito distorcido e um movimento muito polemizado pelos mais diferentes segmentos educacionais e sociais. No entanto, inserir alunos com déficits de toda ordem, permanentes ou temporários, mais graves ou menos severos no ensino regular nada mais é do que garantir o direito de todos à educação - e assim diz a Constituição !
Inovar não tem necessariamente o sentido do inusitado. As grandes inovações estão, muitas vezes na concretização do óbvio, do simples, do que é possível fazer, mas que precisa ser desvelado, para que possa ser compreendido por todos e aceito sem outras resistências, senão aquelas que dão brilho e vigor ao debate das novidades.
Objetivo
Objetivo deste trabalho é clarear o sentido da inclusão, como inovação, tornando-o compreensível, aos que se interessam pela educação como um direito de todos, que precisa ser respeitado.Ao incluir alunos com deficiência, a instituição escolar muda sua perspectiva de mundo, ajuda professores a repensarem seu papel e contribui para a construção de uma nova geração - aquela que sabe que, entre as diferenças, todos somos iguais
Desenho feito por crianças
Meu Amigo Diferente é Especial
Desenho feito por Vinicius 8 anos
Vinicius relate que quando conheceu Murilo na escola não sabia que ele não enxergava pois Murilo era muito quieto e sempre ficava de canto ,Após se afastar alguns dias da escola Murilo voltou usando óculos pois tinha passado por uma cirurgia e desde de então se tornarão amigos ,ele fala que seu amigo é especial porque mesmo não enxergando direito esta sempre feliz.
Desenho feito por Maria Eduarda 9 anos
Maria relata que conheceu Murilo na escola ela estuda a mesma sala que o Vinicius do primeiro desenho. Ela conta que Murilo quando começou a usar óculos parecia que estava enxergando tudo diferente ele reparava em tudo e toda hora se olhava no espelho se admirando com ele mesmo e com um sorriso que ele passou a ter
Desenho feito por ketlyn ,10 Anos
A amiga de ketlyn é autista e esta no 4°ano ,como ela não sabia explicar o que na verdade a amiga dela tinha ,fui até a escola e perguntei para a professora Conceição. ketlyn relata que sua amiga Sabrina é especial ,porque ela não tem a mesma mentalidade que as outras criança tem, e que tem muita dificuldade de entender as coisas, ela conta que iniciou a amizade quando percebeu que Sabrina ficava sozinha n recreio e então a chamou para brincar e desde então vivarão grandes amigas.
Fotos das crianças fazendo o desenho.
Entrevista com a Professora Simone Aguiar .
Entrevistado: Simone Aguiar
Idade: 40 Anos
Formação: Formada em Pedagogia com pós graduação em docência do ensino superior e arte terapia.
1°Como foi sua reação ao saber que teria um aluno especial?
Primeiramente muito medo e pavor ,pois era uma criança onde todos da escola tinha medo dele porque ele batia mordia, corria pela escola, então fiquei apavorada.
2°Como conseguiu desenvolver essa tarefa?
primeiro eu peguei todos os relatórios da criança fui procurar saber o que ela tinha, qual foram as providencias tomada com ela após antes de pegar a criança fui ate a SAEDE conversei com especialista que cuidava da criança ,isso tudo antes de assumir a criança, quando assumir fui vendo o que ela tinha e todas minhas duvidas procurava a SAEDE.
3°Quais o métodos que utilizou para ajudar a criança na aprendizagem?
No inicio ele tinha muita dificuldade com a socialização, então para ajudar eu usei muito um boneco, isso foi quando eu peguei ele no primeiro ano, depois para ensinar números e letas eu passei usar formas geométrica tudo muito colorido e grande para ele entender
4°Qual foi a maior dificuldade?
A falta de interesse dos gestores e da coordenação.
5°Como docente, qual a sensação de ter um aluno especial e saber que você esta ajudando-o a se desenvolver cada dia melhor?
Em 19 anos essa foi a melhor lição que eu tive pois o que eu fis para o Isaac me ajudou muito no profissional e pessoal.
6°Quais atividades proporcionava?
Sempre atividades diferenciada do restante da turma ,pois o seu raciocinio era mais devagar.
7°Como era o convívio com outras crianças?
No inicio era muito difícil ,ele batia muito nas crianças e as crianças rejeitarão ele, más com o passar do tempo aprenderão a conviver com ele tanto que quando ele faltava ,as crianças sentiam falta.
8°Como era a resposta dada desse aluno a suas atividades e expectativas?
No inicio era bem difícil ,Más aos poucos eu fui percebendo as necessidades dele e de que maneira liar com ele e foi tranquilo para desenvolver as atividades.
9°Como era a sala e o número de alunos?
A sala era infantilizada e o números de alunos era de 17 a 19.
10°A escola era projetada considerando a inclusão de alunos com deficiências físicas e mentais?
Não era projetada ,más fizeram adaptações
11°Como era o espaço físico em relação a solos e rampas?
Rampas eram inexistente e o solo era um piso comum com apoio nas escadas
12° Há recursos e tecnologias assistivas para trabalhar com esses alunos?
Sim, a escola Mauro Ferreira é uma escola grande, então tinha lousa digital, sala de informática com professor especializado esse professor adaptou jogos educativos para ele, onde tinha horários com demais alunos e horário especial para atender apenas ele.
13° Há cursos de formação continuada periódica para capacitação dos docentes?
Nessa escola em questão sim ,tinha curso de capacitação de profissionais ,más são pouco os que querem fazer, no período que eu trabalhei lá eu fiz muitos cursos e tinha muito apoio da diretora e coordenadora.
14° Há reunião periódica de discussão de casos e estratégias para inclusão dos alunos com deficiência?
Sim, por ter muito caso na escola de inclusão ,então além de ter reunião pedagógica agente se reunia a cada 15 dias para discutimos o desenvolvimento de cada criança.
15° Os horários de intervalos são diferenciados entre Educação Infantil e Ensino Médio?
Não os horario são os mesmo.
16° No intervalo tem brincadeiras dirigidas para alunos especiais com acompanhamento de monitores?
Na escola tem monitores de alunos e cada inclusão tem um monitor pra ela durante o recreio.
Considerações finais
Toda criança precisa da escola para aprender e não para marcar passo ou ser segregada em classes especiais e atendimentos à parte. A trajetória escolar não pode ser comparada a um rio perigoso e ameaçador, em cujas águas os alunos podem afundar. Mas há sistemas organizacionais de ensino que tornam esse percurso muito difícil de ser vencido, uma verdadeira competição entre a correnteza do rio e a força dos que querem se manter no seu curso principal.
Um desses sistemas, que muito apropriadamente se denomina "de cascata", prevê a exclusão de algumas crianças, que têm déficits temporários ou permanentes e em função dos quais apresentam dificuldades para aprender. Esse sistema contrapõe-se à melhoria do ensino nas escolas, pois mantém ativo, o ensino especial, que atende aos alunos que caíram na cascata, por não conseguirem corresponder às exigências e expectativas da escola regular. Para se evitar a queda na cascata, na maioria das vezes sem volta, é preciso remar contra a correnteza, ou seja, enfrentar os desafios da inclusão : o ensino de baixa qualidade e o subsistema de ensino especial, desvinculadae justaposto ao regular.
Priorizar a qualidade do ensino regular é, pois, um desafio que precisa ser assumido por todos os educadores. É um compromisso inadiável das escolas, pois a educação básica é um dos fatores do desenvolvimento econômico e social. Trata-se de uma tarefa possível de ser realizada, mas é impossível de se efetivar por meio dos modelos tradicionais de organização do sistema escolar.
Se hoje já podemos contar com uma Lei Educacional que propõe e viabiliza novas alternativas para melhoria do ensino nas escolas, estas ainda estão longe, na maioria dos casos, de se tornarem inclusivas, isto é, abertas a todos os alunos, indistinta e incondicionalmente. O que existe em geral são projetos de inclusão parcial, que não estão associados a mudanças de base nas escolas e que continuam a atender aos alunos com deficiência em espaços escolares semi ou totalmente segregados (classes especiais, salas de recurso, turmas de aceleração, escolas especiais, os serviços de itinerância).
As escolas que não estão atendendo alunos com deficiência em suas turmas regulares se justificam, na maioria das vezes pelo despreparo dos seus professores para esse fim. Existem também as que não acreditam nos benefícios que esses alunos poderão tirar da nova situação, especialmente os casos mais graves, pois não teriam condições de acompanhar os avanços dos demais colegas e seriam ainda mais marginalizados e discriminados do que nas classes e escolas especiais.
Em ambas as circunstâncias, o que fica evidenciado é a necessidade de se redefinir e de se colocar em ação novas alternativas e práticas pedagógicas, que favoreçam a todos os alunos, o que, implica na atualização e desenvolvimento de conceitos e em aplicações educacionais compatíveis com esse grande desafio.